Histórias sempre nos atraem. Talvez porque de alguma forma nos identificamos e nos reconhecemos nelas. Mas falar ou pensar na nossa própria história pode não ser tão fácil, mas com certeza é muito transformador.

Às vezes as pessoas pensam que se não souberem de algo que aconteceu ficarão isentas dos efeitos e acreditam que assim estarão seguras. Mas a verdade é que quanto mais nos conhecemos e nos apropriamos das nossas origens, maiores são as chances de fazermos escolhas saudáveis.

E por que? Porque nossa história nos pertence tanto quanto pertencemos a ela. Bert Hellinger, afirma: “Pertencer a nossa família é nossa necessidade básica. No sistema familiar reina, na profundeza, uma lei fundamental. Podemos ver o que ela exige através dos seus efeitos. Essa lei diz: todos aqueles que pertencem têm o mesmo direito de pertencer. Todos, inclusive os mortos.”

 

“Pertencer a nossa família é nossa necessidade básica”


Bert Hellinger

 

A necessidade de pertencer a nossa família vai além até mesmo da nossa vontade de sobreviver. Fácil compreender quando reconhecemos o óbvio, ou seja, viemos de lá, somos feitos da mesma “fibra”, herdamos possibilidades e limitações, e se negamos nossa origem, como vamos nos reconhecer?

Imagine uma semente que não reconhece a terra, os nutrientes e o solo onde foi plantada? Como criar raízes e crescer se ela se recusa a utilizar os recursos do solo em que está? Por isso saber de onde viemos, dos nutrientes e das raízes que nos sustentam na vida, não só nos permite extrair o máximo para o nosso desenvolvimento e crescimento, como nos oferece a oportunidade de dar a vida o que temos de melhor, como uma árvore que honra e extrai do solo os nutrientes para produzir seus melhoress frutos.

Então, quanto você sabe da sua história? Sabe de onde seus pais vieram? Conhece a origem dos seus sobrenomes? E seus avós, bisavós o que pode contar da vida deles? Você é parte de todos eles, mesmo que alguns tenham morrido antes mesmo de você nascer, você é frutos deles, a sua vida é o resultado de uma longa história que agora pode ter continuidade. E seguir a história não significa passar pelos mesmos caminhos e repetir os desencontros. Se você os reconhece e dá um lugar de respeito dentro do seu coração, honra e reverencia o que fizeram para que hoje a sua vida possa existir, cabe a você fazer algo novo, não melhor, mas dar a sua contribuição com a força da sua ancestralidade e por amor a cada um deles.

Posts Relacionados