A brincadeira e o brincar é o que existe de mais sagrado para a criança. Quando permitimos que ela se expresse através de uma brincadeira espontânea ela coloca no externo o que atua dentro dela e assim constrói e reconstrói o mundo que a cerca.

Brincar na natureza
Quando as crianças brincam especialmente na natureza, elas desenvolvem várias habilidades. Se tem pouca oferta de brinquedos e muitos recursos naturais, esses são momentos ricos e valiosos para despertar a criatividade e a capacidade de superar obstáculos e de vencer os desafios. E as crianças levam esses momentos muito a sério, até as últimas consequências, ou seja, enquanto não terminam ficam ali em busca de soluções. E se precisam parar, no dia seguinte continuam até que algo dentro delas seja realizado e ela parte para uma nova brincadeira.

Do ponto de vista e das descobertas das neurociências, já sabemos que até os 10 anos a criança está aprendendo tudo. E para estimular o desenvolvimento cognitivo dela, é fundamental dar oportunidades para suar suas habilidades cognitivas.

 

“Bem mais interessante é oferecer situações para a criança se pôr à prova de uma maneira que seja agradável e que atraia a sua atenção”


Suzana Herculano-Houzel

E como fazer? Quanto mais estímulos melhor, mas é fundamental que esses estímulos tenham sentido para a criança, ou seja, se deixamos a criança ouvindo músicas de línguas estrangeiras, cada hora uma diferente, isso “é uma estimulação ruim, é ruído que não acrescenta nada para a criança. A criança não tem como manipular aquilo, não tem como usar aquela informação de maneira coerente, de maneira de fato produtiva. Dar estímulos não quer dizer simplesmente soltar a criança em um mar de ruídos de todas as formas. Quer dizer oferecer condições de interação real com coisas diferentes, possibilidades de resolver problemas dos tipos mais diferentes possíveis. Bem mais interessante é oferecer situações para a criança se pôr à prova de uma maneira que seja agradável e que atraia a sua atenção”, afirma a neurocientista Suzana Herculano-Houzel.

A natureza é instigante, desafiadora, singular e infinita nas suas possibilidades. Oferecer cada vez mais tempo da criança brincar livre na natureza é dar a chance dela imaginar, investigar, construir e de ser super estimulada no seu desenvolvimento, além de favorecer que ela cresça e seja um adulto mais consciente, criativo, produtivo e conectado com o todo.

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